terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Abstinência

Falta-me palavras
Falta-me o ar
Pulsa forte meu coração
Dane-se a vontade de trabalhar

Abster-se de tua presença
Que fez-se necessária em minha tenra existência
É doloroso e sofrido por demais
E minh’alma reclama o doce sabor de tua essência

Sinto necessidade de ti e vontade de te ter
Para me acalmar e curar as feridas
Rendo graças a ti, ó Mulher
Maravilha em minha vida

sábado, 17 de janeiro de 2009

A festa

Ansioso desejo
Decolarei para as alturas, criarei asas para voar
Rumo ao ninho dos colos, dos ombros, dos copos

Será que suportarei tanta felicidade?
Terei coração e alma para receber tanto amor?
Sei que todo amor terei para dar

Minha boca cansará de beijar todas
Meus braços formigarão de fraqueza de tantos abraços que darei

Sorriso de criança
Colo de família
Ombro de amigo
Chocolates
Café no fim da tarde

Copos cheios
Corações mais cheios ainda
Madrugadas de devaneios
Canto, areia, bar, mar e lua

E assim começará a festa...

Pelos 4 cantos do mundo

O valor da amizade verdadeira para mim não tem preço
São elas que sustentam minha vida
São elas que me fazem ainda crer no amor
O amor puro e verdadeiro
Como nunca mais ousei encontrar

Quis a vida me deixar longe delas
Ah, vida cruel!
Até quando terei que suportar essa dor?
Que lição deverei tirar disso?
O que queres me mostrar?

Uma chora aqui, a outra em Portugal
Pelos 4 cantos do mundo lágrimas rolam sem cessar
A angústia da separação é enorme
Mas talvez a dor maior tenha sido para quem teimou em ficar

O amor que sinto por cada uma
pode ser multiplicado pelos malditos quilômetros que nos separam
Sonho com o dia do reencontro
Quando nos amaremos em irmandade

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Sente mentos... Sinto menos

Tenho ânsia de vômito ao falar de teu nome
Embrulha-me o estômago ouvir falar de ti
Cerra-me a garganta saber notícias suas
Sinto repulsa quando lembro que tu ainda sorri

Dá-me calafrios pensar, ainda que por segundos, na tua existência
Enoja-me saber que um dia me tocaste
O ser desumano que tu, e só tu, és
Transformou-me nesse poeta do obscuro
Que ainda tem piedade de tua inexistência

Para que querer ver a lua, se não mereces nem o sol, mesmo que quadrado?
Chorarei lágrimas de crocodilo ao te encontrar numa situação bem pior do que me deixou
Talvez um dia eu ainda junte os pedaços do meu coração, que nunca mais há de amar.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Despertar

Um coração frio e recalcado diante dos sentimentos
Um corpo inerte diante dos desejos
Uma alma insensível aos seres humanos
Uma boca interditada para dar ou receber beijos

Uma mente suja e incapaz de crer em alguma coisa
Uma lavagem de corpo e alma
Um banho de chuva para limpar meus poros
Uma dança para me deixar calma

Um canto para espantar meus males
Pés descalços para me sentir no chão
Um beijo para despertar minha libido
Será que sim, será que não?

E o coração bate mais rápido
Teu corpo é tudo que o meu naquele instante apetece
Dentro de mim, sinto o desejo pulsar mais forte
E quando os lábios se tocam, a magia acontece

Será que voltarei a ter sentimentos?
Calma! Cada coisa no seu tempo.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Crônica das filas I

Estava eu numa dessas gigantescas filas, para pagar uma conta (ainda mais essa) em um banco, quando comecei a pensar. Cadê a maldita lei que diz que o cidadão não pode ficar mais do que trinta minutos numa fila? Tenho dúvidas que ela exista, mas se essa danada existir, pelo menos comigo nunca funcionou, pois só nessa fila estou a mais ou menos uma hora.

Aliás, não sei se isso acontece com vocês, comigo é todo dia, mas porque é que a fila que a gente pega, mesmo que seja a menor, é sempre a que anda mais devagar? Acho que são os deuses mancomunados que adoram pregar essas peças na gente, nos irritar, porque não tem coisa mais irritante do que ver a fila vizinha andando, enquanto você fica parado, com cara de idiota e altamente desesperado, olhando para o relógio, para fila, para o relógio e para a fila. Além de ficar cansado, ainda corre o risco de ficar com torcicolo, o que só piora a situação. E assim nossa paciência vai se esgotando.

Já no supermercado, porque é que no caixa que vamos passar nossas compras (sempre alguma coisa que precisamos comer rapidamente porque, além de estarmos morrendo de fome, nosso tempo só dá pra passar em casa, comer e sair, pois temos outra coisa pra fazer, aquela aula chata, aquela reunião...), tem sempre alguém que vai pagar com cartão e que dá problema ? Ou então o caixa vai fechar e manda você ir para o outro, ou ainda em último caso, quando não é nenhuma dessas coisas, acaba aquele papelzinho em que nossas contas são impressas, e como aquilo demora pra ser trocado.

Mas até aí tudo bem, nessas circunstâncias, eu ainda consigo contar até dez, não estou com as unhas todas roídas, tô até bem tranqüila. O meu sofrimento começa mesmo quando chega a minha vez e os idiotas dos caixas apertam sem querer, (ou para ver uma pequena nuvem de fumaça e um barulho ofegante saírem do meu nariz), uma tecla, não me perguntem qual por favor, que faz com que a máquina pare. Já que eles sempre se enganam, eu acho que nessa tecla deveria ter escrito: Não aperte imbecil, isso faz com que a máquina pare. Daí você tem que esperar que a máquina reinicie, e esse tempo de reiniciação se transforma numa eternidade.

Você pensa em ir pra outra fila, mas caramba, está tão pertinho. Mas, e se demorar? Acho que vou pra outra fila. Outra fila? Começar tudo de novo, ir lá para trás, nem morto. Aliás, morto, de fome. Nessa hora você já não consegue raciocinar direito, é fome, raiva, irritação, tudo isso domina o seu corpo. Assim é melhor ficar onde você tá, pois com a sorte que você tem, é bem capaz de acontecer, é bem capaz não, vai acontecer o mesmo no caixa que você for.

E outra coisa, por maior que seja o seu grau de azaramento, não vai acontecer do cara errar de novo. Tenha certeza, ele vai tomar o maior cuidado, pois a esta altura você já vai estar comendo o saco plástico do pão que havia comprado, para juntamente com as fatias do queijo que você guardou em casa, fazer o seu jantar. Além do mais, o caixa vai ficar aterrorizado e com medo, de que aquela altura, no estado em que você se encontra, você use o refrigerante de 2L, que está em suas mãos, como uma arma pra assassiná-lo.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

O último dia de todos os anos

Lojas. Compras de fim de ano... Presentes, presentes, presentes, mas e os ausentes? Ah! E quem se lembra deles? Luzes da cidade... Fotos para o orkut... Como somos felizes com esses sorrisos estampados nas caras...

Ah! A família se reúne. Brigas, traumas, revelações, passado vem à tona, lavagem de roupa suja, lágrimas rolam. Pausa para a foto. Enxuga o rosto, sorriso amarelo e eis um retrato de uma perfeita família feliz (no quadro imortalizado).

Pois bem, vou começar meu regime. Amanhã mesmo, mas vou só comer mais essa uva passa aqui...

Ai meu Deus...Pobrezinhas dessas criancinhas que não tem o que comer.. A partir de amanhã vou ajudá-las. Trabalhar nesse sinal, com essa idade? Não posso permitir isso com o futuro do país.

Acho melhor eu pedir desculpas, mesmo que ele tenha me passado a perna, mas eu devo tentar a reaproximação. Afinal, ano novo, vida nova né?

Cigarro? Nunca mais. Esse é o último...do ano. Ih! 23:59h... A caminhada será amanhã bem cedinho, já comprei até o tênis especial. Regra número 1: acordar cedo todos os dias e fazer exercícios antes do trabalho.

Amanhece o dia. Acorda ressacado. Maldito despertador !! Buff !!Pedaços de horas por todos os lados. Acende o primeiro cigarro do ano e do dia, pega o carro e passa no mesmo sinal. Malditos pestinhas, futuros bandidos, humpf! Sobe o vidro. Liga para o ex-inimigo, que dizer, atual inimigo e o esculhamba. Decide que só vai ver a família no próximo fim de ano.

E a vida volta ao normal.....